Por Rafael
Mendes

Esses grandes
times dos clubes foram montados com base especialidades dos clubes: o Ajax como
formador de jogadores e o Palmeiras que nunca foi um clube que revelou muitos
jogadores, mas sempre contratou muito bem, trazia vários jogadores de clubes
pequenos que se encaixavam em sua equipe.
Nos anos 80 ambos
os clubes se perderam nessas tradições e sofreram declino e só voltaram a
vencer quando voltaram a fazer o que eram suas especialidades. O Ajax contratou
Cruyff, que voltou a estabelecer a revelação de jogadores como prioridade no
clube, e revelou jogadores como Marco Van Basten,Frank Rijkaard, Dennis
Bergkamp, os irmãos de Boer, Edgar Davids, Clarence Seedorf e Patrick Kluivert.
E o Palmeiras com a parceria com a Parmalat, voltou a ter dinheiro e a
contratar bons jogadores como Roberto Carlos, Edmundo, Rivaldo, Cesar Sampaio e
Alex que foram tirados de seus clubes ainda como promessas.
O leite da
Parmalat azedou e a lei do passe acabou na Europa o que fez novamente que os
times passem desde então por certa fase de irrelevância. O Ajax sofre menos
ainda pode brincar como diria Renato Portalupi, no seu campeonato nacional onde
vira e mexe é campeão, num campeonato menos competitivo. O Palmeiras, no
entanto, parece um rapper decadente não consegue fazer sucesso sem algum tipo
de parceria desde 1976 (ignorando série B claro).
O Palmeiras
precisa se modernizar e a presença de C. Sampaio como gerente de futebol é um
passo a frente nesse objetivo, mas não pode ser o único. O time tem que buscar gerar
novas fontes de renda e não depender de parceiros que apareçam que acabam
deixando o clube na mão e o Ajax nos últimos tem buscado revelações em suas
categorias de base, tanto que foi ver rostos conhecidos no time do Ajax no sábado
alem de Ronald De Boer no banco.
A iniciativa do
amistoso foi boa (o jogo até que foi agradável e o resultado é o que menos importa.
Além de ter sido um amistoso o gol foi marcado no 2º tempo quando os dois times
tinham muitos reservas), apesar da pouca repercussão na mídia foi pouca (transmissão
na Band, enquanto Corinthians e Flamengo passou na Globo. Nada mais sem
prestigio que ouvir o craque Neto e o Téo José fazendo uma das piores
entrevistas da historia com o Marcos no Intervalo) por se tratar de um jogo
envolvendo duas equipes de tradição, sendo uma delas européia, que raramente
vem ao Brasil, mostra que ambas equipas passam por reestruturação na busca de
atingir as glórias do passado.
* O que machuca
de verdade o Palmeiras em perder o Marcos, é que o goleiro é a ultima imagem
vencedora do Palmeiras, agora o time não tem ninguém em campo que tenha essa
imagem. Marcos teve um ápice curto, de 1999 á 2002, por causa das lesões, mas
levando em conta o ápice foi o melhor goleiro que vi jogar. Mas me irrita um
pouco o tratamento diferenciado que a mídia dá ao arqueiro (obrigado Silvio
Lancelotti), por ele sempre ser solicito a imprensa, quando pisava na bola e
saia descendo a lenha no time da forma mais desnecessária possível (O que
colaborou muito no inacreditável colapse do time no Brasileiro-2009) era visto
como sinceridade e amor a camisa por parte do goleiro.
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