quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

O legado PVC.

Por Pedro Arissa


Paulo Vinícius Coelho, o PVC, anunciou sua saída da ESPN Brasil e confesso que para mim foi um choque. Eu cresci vendo esse cara falar sobre futebol, foi baseado no que ele falava, como ele falava e como ele tem uma memória lazarenta para estatísticas estapafúrdias que eu acabei moldando minha relação com o esporte bretão. Foi vendo esse cara que eu desenvolvi uma coisa que virou quase que um fetiche, que é saber as curiosidades mais sem pé nem cabeça o possível sobre futebol, é por causa dele que eu sei quantos gols o Roy Makaay fez no campeonato espanhol de 99/00 e tive a pachorra de escrever sobre isso aqui mesmo nesse blog abeçoá-por-Dê.

Eu cheguei a me sentir traído com a saída do Pevê (que ficou tão íntimo de mim no meu imaginário, que eu chamo ele pelo diminutivo do diminutivo), mas não foi pelo que eu já falei acima, não. O grande legado dele na minha vida extrapola o futebol, mas não solta a mão do esporte.

Mais ou menos em 2008 eu conheci o Rafael, ou Coxa, ou Rafa, ou Servants, chame-o como quiser, e eu vou dizer aqui para vocês, eu não gostei dele não. O menino me descia engasgado, e foi um dia tomando cerveja na finada Prosit (bar lazarento de cerveja de qualidade duvidável) que eu percebi que ele era tão desgraçado quanto eu sobre futebol, quando, sabe Deus como, o assunto se tornou sobre o melhor quadro da história do Bate-Bola, o "Quiz do PVC", e o Coxa disse que uma vez ganhou um kit da ESPN em 2005 no quiz respondendo a pergunta: que jogador disputou a final da copa do mundo de 2002 também disputou a final entre Liverpool x Milan da Champions League de 2005? 

A resposta era (o grosso do) Hamman, eu sabia, ele também, eu tentei ganhar um kit, ele também. Ele ganhou e eu não. Desse dia até hoje, conversas sobre futebol viraram rotina na minha amizade com o Coxa, e foi isso mesmo que fez eu começar a achar ele um cara legal e foi só por isso que a gente acabou virando amigo, o que resultou na criação dessa maloca que a gente chama de blog e jura que é isso mesmo.

Obrigado, PVC, por ter sido o elo que indiretamente uniu esse duplinha do barulho num projeto que por mais que pareça que não, sempre vai ser a menina dos nossos olhos, por me mostrar um lado desgraçadamente romântico, analítico e non-sense do futebol e por ter sido pivô da minha amizade com o Coxa. Se um dia eu sonhei em trabalhar na ESPN, agora eu sonho menos, porque não teria a mesma graça. Eu nunca vou te assistir no Fox Sports.

Vlw Flws

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