Por Rafael Mendes
O nome dele era Rogério, nasceu no interior do Paraná e
tinha como sonho ser jogador de futebol profissional. Goleiro, muitas vezes tido
como um louco, Rogério sempre foi equilibrado não realizasse seu sonho
provavelmente prestaria concurso para funcionário do Banco do Brasil (um abraço
pro Felipão), ou faria outra coisa, bem-sucedido provavelmente seria no que
escolhesse.
Rogério realizou seu sonho foi um clube grande de São Paulo,
o clube que dava nome a cidade. Em 7 de setembro de 1990, Rogério começou sua própria
independência. Assistiu de perto um dos maiores times da historia do país
conquistar o mundo duas vezes, aprendeu com os melhores, jogava tênis com o
Mestre.
Mas Rogério ainda era um coadjuvante, teve que adotar seu
sobrenome por causa do zagueiro xará (Rogério Pinheiro) e quando teve a chance
de ser titular, não largou mais. Sabia que precisava se esforçar em algo a
mais, começou a treinar faltas e os gols começaram a surgir, virou lenda,
bandeira, estandarte.
Mais de 100 gols contam a historia de como um goleiro se
tornou o melhor cobrador de faltas do país, talvez no mundo em certo período,
mas o maior jogo de sua carreira foi embaixo das traves. Quando o que estava em
jogo era o maior, o mais desejado, Rogério honrou sua posição e por isso é o
maior jogador da historia do São Paulo.
Cabeçada rasteira, cobrança de falta, chute a queima a
roupa, Rogério ganhou sozinho um jogo num dia que seu time jogou mal. Ganhou um
Mundial. Por isso ele é mais importante para o São Paulo que Marcos para o
Palmeiras (saudações Roy Keane). Melhor goleiro é outra conversa, mas sem
Rogério o São Paulo não seria o time dos anos 2000 e o Banco do Brasil lidaria
melhor com a pressão.
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