terça-feira, 18 de dezembro de 2012

It hurts to say but...


Por Rafael Mendes

O nome dele era Rogério, nasceu no interior do Paraná e tinha como sonho ser jogador de futebol profissional. Goleiro, muitas vezes tido como um louco, Rogério sempre foi equilibrado não realizasse seu sonho provavelmente prestaria concurso para funcionário do Banco do Brasil (um abraço pro Felipão), ou faria outra coisa, bem-sucedido provavelmente seria no que escolhesse.

Rogério realizou seu sonho foi um clube grande de São Paulo, o clube que dava nome a cidade. Em 7 de setembro de 1990, Rogério começou sua própria independência. Assistiu de perto um dos maiores times da historia do país conquistar o mundo duas vezes, aprendeu com os melhores, jogava tênis com o Mestre.

Mas Rogério ainda era um coadjuvante, teve que adotar seu sobrenome por causa do zagueiro xará (Rogério Pinheiro) e quando teve a chance de ser titular, não largou mais. Sabia que precisava se esforçar em algo a mais, começou a treinar faltas e os gols começaram a surgir, virou lenda, bandeira, estandarte.
Mais de 100 gols contam a historia de como um goleiro se tornou o melhor cobrador de faltas do país, talvez no mundo em certo período, mas o maior jogo de sua carreira foi embaixo das traves. Quando o que estava em jogo era o maior, o mais desejado, Rogério honrou sua posição e por isso é o maior jogador da historia do São Paulo.

Cabeçada rasteira, cobrança de falta, chute a queima a roupa, Rogério ganhou sozinho um jogo num dia que seu time jogou mal. Ganhou um Mundial. Por isso ele é mais importante para o São Paulo que Marcos para o Palmeiras (saudações Roy Keane). Melhor goleiro é outra conversa, mas sem Rogério o São Paulo não seria o time dos anos 2000 e o Banco do Brasil lidaria melhor com a pressão.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Achei que não ia estar vivo para ver isso.

Por Pedro Arissa

Todo mundo que me conhece sabe o quanto eu sou fanático por futebol, sabe que eu sei a escalação do São Paulo de 2005 em todas as suas variações, que eu idolatro jogadores non-sense como por exemplo Júnior, Fabão, vibro e vibro muito com o Ronaldão jogando o Stoichkov na pista de atletismo no mundial de 1992 e que por mais que eu possa estar errado eu acho que o Raí jogou mais que o Sócrates.

Enfim, acordei hoje 7h37 horário de brasília pra ver o jogo da final do mundial interclubes entre Corinthians e Chelsea e fiz isso porque futebol é meu esporte favorito, é o maldito esporta bretão, das massas. Eu posso ficar aqui flauteando falando como o título do Corinthians me deixou contente e eu vou estar mentindo e muito, eu xinguei o Torres por perder todos os gols que perdeu, ouvi meu prédio inteiro me xingando ao fim do jogo com o clássico "Chupa Bambi" e uma ligação ao fim do jogo do meu comparsa de blog (será? acho que não) Rafael Mendes falando sobre como esse jogo deu ódio e sobre mulheres.

Vi o jogo com minha família corintiana, coisa que eu detesto fazer e constatei que foi um jogo legal, meio mortão, Chelsea jogando mal e o Corinthians se virou como deu e foi campeão porque como disse o Guerrero "jogou pra caralho", teve méritos, conquistou um título que vai ser lembrado por muito mais tempo do que uma Sul-Americana, por exemplo, não há nada que minha inveja, confesso que é esse o sentimento, possa dizer pra diminuir a conquista do time paulistano, o que eu quero mesmo com tudo isso é registrar duas frases e minhas reações a ambas.

1ª meu irmão corinthiano adormecido ao ouvir o apito final falou 'Achei que não ia estar vivo para ver isso' e eu só consegui dizer 'Ninguém nunca achou que estaria'.

2ª meu amigo Rafael Mendes, que tem muita mágoa do Asprilla, no telefone me disse 'Você já imaginou um dia que o Corinthians seria o time mais organizado do Brasil?' e mais uma vez poucas coisas poderiam ser ditas e eu só falei 'É..não, nunca'.

Esse era só um desabafo, esse blog existe e não existe ao mesmo tempo, então eu só queria dizer isso, sem recalque, o Corinthians fez por merecer, superem isso e torçam pra seus respectivos irem bem ano que vem.

Forte Abraço.