quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Fora Milton Cruz!



“O Milton, sabe o que ele faz com esses cara que não faz gol, que nem o Luís Fabiano, grosso assim? O Milton treina com a chuteira deles, aí no outro jogo é gol.”
RAMALHO, Muricy (2014)

Por Pedro Arissa.

Gol é comigo mesmo!
É isso, meus queridos, mais um ano que se passa, mais uma vez o São Paulo é eliminado na semifinal de uma competição mata-mata depois de dar esperanças para todos os torcedores minimamente otimistas, e eu me incluo nessa.

Para dar início as boas notícias que viriam, antes da bola rolar a energia elétrica do Morumbi caiu duas vezes. Até aí tudo bem, chegou a hora da peleja e os refletores funcionavam normalmente de novo e o time vinha escalado com Michel Bastos, Ganso e Kaká na linha de armação, formação que me agrada visto a boa forma que os 3 jogadores apresentaram no ano que vai se acabando.

O tricolor paulista tinha uma tarefa complicada, vencer o bom time do Nacional de Medelín por dois gols de diferença. Conseguiu? Como de costume quando precisa reverter uma situação adversa, não. No primeiro tempo, por mais que conseguisse maior posse de bola, criava poucas chances de gol, a mais perigosa delas num chute de primeira do volante improvisado na lateral direita Hudson. Qual era a chance de ser gol? Exatamente, bola no cantinho e defesa não muito difícil do goleiro Armani.
Dali pra frente, foi um festival de toques de lado e falta de movimentação na frente. O outrora Bambino d’Oro,  Ricardo Izecson, vulgo Kaká, passou o primeiro tempo inteirinho perdido na meia esquerda onde não dava profundidade ao ataque, não centralizava as jogadas, não segurava a bola e muito menos servia como opção para receber a bola de seus companheiros. Enquanto isso, Luis Fabiano surpreendentemente corria atrás da zagueirada toda do time colombiano e conseguia alguns desarmes que logo resultavam em nada, devido a já citada falta de participação de seus companheiros de ataque.

O segundo tempo começou e o Coach Ramalho revelou o segredo, até então incógnito, para mudar a vida do São Paulo no segundo tempo, e quando foi perguntado pelo repórter da Rede Globo o que o time precisava pra conseguir um resultado positivo, ocupou o cargo de profeta tricolor e resmungou: Precisa de gol.

O time voltou com uma cara completamente diferente, pressionando na frente a defesa colombiana, criou boas chances já no começa da segunda etapa que não resultaram em gol, levando este que vos escreve a 197º parada cardíaca moderada. Os volantes continuavam ganhando a maioria das bolas na meia cancha, como já tinham feito no primeiro tempo e a defesa, especialmente aquele que posteriormente seria vilão do jogo, Rafael Tolói, demonstrava solidez e não dava grandes sustos e o ataque havia saído do estado de coma, só faltava o bendito “detalhe” do gol.

Miltão tenta usar a força para empurrar a gorducha para as redes.
Este veio de uma falta na lateral que PH Ganso cruzou certo, mas todo mundo (dos dois times) subiu errado e tá lá, 1x0 tricolor e classificação se encaminhando. Porém, ficou só nisso, o São Paulo continuou pressionando, Kaká continuou jogando muito mal, o que fez com que eu tenha cometido a heresia de dizer que o Muricy é melhor que o Telê quando o rabugento tirou Ricardin e Álvaro Pereira para a entrada de Osvaldo e Kardec, que como era de se esperar, não deu em  nada.

O jogo acabou, os pênaltis vieram, aconteceu aquilo que aconteceu e tudo que eu quero saber é:

“ONDE É QUE TAVA O MILTON CRUZ PRA AMACIAR A CHUTEIRA DESSA RAPAZIADA?”

São Paulo eliminado, torcida frustrada, jogadores cabisbaixos e a grande diferença deste para os últimos anos tricolores foi que o Rogério Ceni assumiu um filho fora do casamento.

Obs: Ficou puto com o resultado, né? O Muricy também, e fala tudo isso para os jogadores fingindo que só tá de zueira.
“Ó o Pato, ó o Pato, meu Deus do céu. Patô, brincadeira ein, meu!”
“Kardec  é foda, Kardec é foda”
“O Pato tem que voltar pro DM”
Grande participação de Kaká no ano, quanto Pato ri da má forma dos amiguinhos ele diz :”Quer rir do que, Pato? Quer rir do que?”

O preparador físico resume bem o que vai ser o ano de 2015: “Libertadores? Kkkkkkk”


 

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Um caminhão de sapos

Por Rafael Mendes


“Não é possível! Enterraram um caminhão de sapo no Parque Antartica...” – Meu Pai, provavelmente alcoolizado depois de mais uma derrota frustrante do Palmeiras.


O alvi-verde inaugurou seu novo estádio e mesmo assim parece que não conseguiram se livrar dos “sapos enterrados” na construção de sua moderna casa. De maneira quase que tradicional para a Sociedade Esportiva Palmeiras nas ultimas duas décadas, o time sucumbiu a pressão e os próprios erros. A cada minuto que passava era menos seguro e mais perdido em campo e Sport venceu facilmente na abertura do Allianz Parque por 2 a 0.

Aqui vão algumas considerações minhas sobre o novo estádio e sobre o jogo (mais sobre o Palmeiras do que sobre o jogo)

- RORRRRRRRRRRRRRRRRRGE!  Logicamente, Jorgito se lesionou de novo e não jogou o que a essa altura não surpreende nem minha mãe que entende tanto de futebol quanto eu sei sobre engenharia ambiental:

Minha mãe: Olha que surpresa... o Valdivia não vai jogar de novo.
Eu: Não sei se isso e bom ou ruim...
Minha mãe: Isso é normal, não é?

ROOOOOOOOOOOORRRRRRRGEEEEEEEEEEEEEE
Grande tradição palmeirense, iniciada por Edmundo em 2006 de tomar o terceiro amarelo e rasgar pra um churrasco a cada 3 finais de semana que o Mago carrega até hoje


- E o ‘palmeirinha’ ein? Outro papelão dele, desde Abril, quantas besteiras ele fez? Deixou o Alan Kardec rasgar o Brasil, contratou o Gareca, contratou 156 argentinos, manteve o Gareca 5 jogos a mais do que devia, fez que ia contratar o Ronaldinho Gaucho e deu outro papelão e usou a gravatinha de porco em todas ocasiões sociais possíveis.

- O Allianz Parque, pela TV me pareceu inacabado, primeiro pela porquisse do concreto aparente que acontece em todas “novas arenas”. Coloquem umas tapadeiras tipo na Copa, pelo amor de deus. Depois a curva atrás do gol tem uma parte sem cadeiras e tem aquele monte lugar desocupado entre as duas torcidas, como acontece no Itaquerão. Dito isso, por enquanto o Estádio do Corinthians me pareceu mais ‘cool’ pela TV. Falei mesmo.

- Um ponto positivo do Allianz Parque é a acústica. E parabéns para Felipe Menezes e Wesley, os primeiros vaiados em uníssono e que ajudaram a demonstrar que a acústica é excelente e que está tudo pronto pro Paul McCartney.

- Não é que o Felipe Menezes seja um mal jogador, ele só parece que nunca viu um jogo de futebol na vida. E ele não é o único assim na esquadra alvi-verde, nada do que o time faz tem qualquer correlação com o jogo de futebol. É realmente uma experiência enriquecedora filosoficamente ver o Diogo completamente perdido cada vez que ele vê um adversário montar uma linha de 4. Parece que ele está diante de um truque de bruxaria e não faz a mínima ideia que futebol competitivo se joga assim desde 1977.

- O que mostra que o time é mal treinado, o que ninguém vai falar muito depois da “era Gareca”, mas alguém já viu o Dorival Jr. montar um time que ocupe menos de 167 metros do campo?

-Grande torcida do Palmeiras que compareceu ontem ein? Os tiozão tucano italiano começaram a chiar com uns 15 minutos, sério alguém achou que porque o time ia jogar num novo estádio, o Wesley ia emagrecer 5 quilos do dia pra noite?

- Para terminar, está na hora do jornalismo esportivo ser mudado. Sério, eu não quero passar meio jogo ouvindo sobre quem vai fazer o primeiro gol no Allianz Parque ou pior os comentários meio que bizarros/sádicos de que “e se Sport fizer o primeiro gol?” como se tivessem falando da virgindade de uma donzela do século XVI. É só a porra de um campo de bola, o Corinthians tomou um gol lá de uma fera do Figueirense e ninguém sabe quem foi.


Volta pro Rally, Palmeirinha...