quinta-feira, 28 de junho de 2012

Redenção (Cap. 1/3)



Por Pedro Arissa


"Dois babacas falando de futebol 
como se fala de amor.
E tem jeito melhor de tratar o 
esporte bretão?"
É amigos, a história se fez maior!

Essa é uma frase (não necessariamente essa, mas nesse naipe) tipicamente utilizada para explicar algumas peripécias que o futebol abusa do uso,  a melhor seleção do mundo foi a Alemanha foi batida pela seleção mais fraca da Itália, mas será que a seleção da Itália é real mais fraca?
Analisemos então os dois Onze iniciais*.

Goleiros : Neuer  é um grande goleiro, na minha opinião está entre os cinco melhores do mundo e Buffon nem precisa dizer nada né? Vou dizer assim mesmo, foi considerado pela Ranking de História e Estatística de Futebol o melhor goleiro do últimos 20 anos e assim como o alemão está entre os cinco melhores do mundo. Este que vos escreve (sim escrevo para vocês 5 leitores do blog) se tivesse que escolher escolheria Buffon para seu time, pela experiência muito maior e pelo fato de passar muita tranqüilidade para sua zaga, enquanto Neuer pode ser definido como “Maluco” algumas vezes, vide ir jogar no meio campo no fim de jogo de hoje.

Zaga : Nas laterais a Alemanha de fato se sobressai a Itália, Lahm é o melhor lateral do mundo não deve-se compará-lo a Balzaretti que não é nada ruim mas não é nenhum gênio e sua experiência na Juventus não foi das melhores, já na lateral direito dependendo da proposta de jogo Boateng e Abate se equivalem, cada um em sua posição.
No miolo de zaga temos meus dois zagueiros favoritos ultimamente (embora nunca superarão Liliam Thuram em meu coração) Hummels e Chiellini, os dois são seguros demais, embora o alemão seja um pouco (muito) mais técnico, mesmo nível. E temos também Badstuber e Barzagli, outros nada geniais, têm o mesmo nível, são jogadores pouquíssimo acima da média.
Nas comparações ficaria com Abate, Lahm, Barzagli e não saberia escolher entre Hummels e Chiellini, perguntaria ao Murtosa.

Meio : Aqui o papo sim é bom Schweinsteiger (pesquisei no Google pra escrever? Talvez) e Pirlo se equivalem, embora o italiano seja mais experiente assim como De Rossi e Khedira, só que aí o alemão é pouca coisa mais técnico.Mais frente temos Muller e Ozil contra Marchisio e Montolivo, aqui sim domínio total da Alemanha. Os alemães são jogadores bem mais decisivos, embora os italianos não deixem nada a desejar.
Para o meu time levaria : não saberia quem escolher entre Pirlo e Schweinsteiger, De Rossi, Muller e Ozil.

Ataque : Como “segundos atacantes” temos Podolski contra Cassano, os dois prometeram muito no começo de suas carreiras e pouco cumpriram, mesmo nível. Na CentroAvancia temos os Marios, sim aqueles mesmos, Mario Gomez e Mario Balotelli, o italiano é mais técnico, sai bem mais da área, já o alemão é um matador de primeira classe.
Escolhendo entre os atacantes eu ficaria com Podolski e Balotelli.

E se fosse escolher entre todo os citados meu time seria : Buffon, Abate, Barzagli e Hummels/CHiellini, Pirlo/Schweinsteiger, De Rossi, Muller, Ozil, Podolski e Balotelli.

E depois de tudo isso o que eu queria realmente dizer é : Os times são iguais, méritos da Itália que soube aproveitar suas chances, a Alemanha terá outra chance, esse time é novo demais (o mais novo da competição) e disputará ainda pelo menos com essa base mais duas Euros e duas Copas.

*Como estive trabalhando e não acompanhei o jogo todo as escalações se referem a um time hipotético, porém, que provavelmente seria escolhido por seus respectivos treinadores. 

terça-feira, 26 de junho de 2012

Finalmente, tutti buona gente.


Por Pedro Arissa.

Este é o post que vai reativar este blog provavelmente pelos próximos 35 segundos, mas é uma idéia que consome meu intelecto há pelo menos uns 3 meses.

A origem deste texto era falar sobre a incrível campanha da Juventus no Calcio, onde era líder invicta. Pois bem, no dia em que eu resolvi largar o vagabond way of life e escrever o presente texto – que não seria esse, se é que isso faz algum sentido – nossa querida Senhora perdera a primeira colocação para o Milan, tudo bem que recuperou-se e foi de fato campeão invicta mas a preguiça já havia tomado as rédeas da minha vida uma vez mais e era muito tarde.

Dito isso, eu precisaria de um choque ítalo-futebolístico para uma vez mais poder escrever sobre o futebol italiano e esse choque veio na presente edição da eurocopa, quando a Itália de Cesare Prandelli entrou em campo contra a Espanha de Del Bosque utilizando um esquema 3-5-2 completamente idêntico ao utilizado pela nossa Juve, mas com um brilhante De Rossi jogando de líbero e resgatando assim o meu antigo amor por este esquema.

A Itália vem renovada, se é que isso é possível de acontecer na bota já que os jogadores da terra das massas são como vinhos que envelhecem e ficam cada vez melhores, ok isso é fisicamente  impossível para atletas de alto rendimento, mas jogadores como Di Natali e como foi Del Piero até seus 35 anos conseguem manter grande nível de futebol, e assim também acontece com Pirlo que aos 33 anos fez se não a melhor temporada de sua carreira, a melhor que eu o vi fazendo, e rege a meia-cancha italiana até a semifinal da Euro onde vai enfrentar a magnífica Alemanha.

O maestro do time Pirlo em sua cobrança sensacional de pênalti.

No gol Buffon passa uma tranqüilidade absurda para a zaga que tem como base a supracitada Juventus, que foi a melhor zaga da Europa na última temporada com Barzagli (melhor fase da carreira) Bonucci que ainda é jovem e será reserva com a recuperação do Monstro Chiellini. No meio os ótimos Montolivo, Marchisio e De Rossi ajudam o trabalho de Pirlo a municiar o ataque mais polêmico do mundo composto por Cassano e Balotelli, que se não fazem o melhor campeonato de suas carreiras jogam bem, mais Balotelli do que Cassano, eu inclusive tiraria este último para colocar Di Natali em seu lugar.

Enfim, com um Gol/Zaga muito firme, um Meio-Campo de extrema qualidade, diria até que igualando o nível do meio da Espanha e um Ataque talentoso demais a Itália chega a semifinal da Euro para brigar pela classificação para a final, que é difícil de acontecer, mas eu consigo ver a Itália desbancando a Alemanha, jogo esse que eu gostaria muito que fosse a final desde o início da competição e com isso eu encerro mais um post do blog mais pseudo-pastelão do esporte mundial com mais um post com uma introdução gigante e baixo conteúdo futebolístico.


Um Abraço.